16.5.24

11 jogadores com contrato

A Presidente falou em 11 jogadores com contrato.

Pelas minhas contas, serão estes:

Jhonatan, Magrão e Lucas;

Patrick, Pantalon, Santos e Nóbrega;

Helder Sá, 

Amine;

Fábio Ronaldo e Aziz.

(a estes juntam-se os jovens Karselaze e Ruca; e há o caso Sávio, para rescindir o mais depressa possível).

Ou seja, é provável que não haja alterações na baliza (terá de sair alguém para entrar alguém) e partimos com quatro centrais, os que fizeram a época toda (mais Josué, que termina contrato).

Na defesa há ainda Hélder Sá, mas eu, no lugar dele, pedia para ser emprestado. As oportunidades que teve nesta segunda volta dão indicação do que poderá acontecer na próxima época.

Amine é uma mais valia e é normal que Fábio Ronaldo e Aziz continuem.

Ou seja, temos de nos preparar para entrarem entre 12 e 15 jogadores (a não ser que algum dos emprestados desta segunda volta 'renove').

14.5.24

O papel da Direção no sucesso desportivo deste ano

Já falei dos jogadores, já falei do treinador é tempo de falar daquele que foi o contributo da Direção para o sucesso desportivo alcançado.

1. Freire dividiu os adeptos (uma percentagem não negligenciável, penso, tê-lo-ia despedido, se pudesse, a meio do caminho), mas não a Direção, ou pelo menos a Presidente, que já deixou os maiores elogios ao treinador;

2. Já disse o que penso sobre a generalidade dos reforços, mas desconheço se foram nomes propostos pela Direção e aceites pelo treinador ou o contrário.

3. O negócio com Costinha merece elogios: embora os contornos não sejam completamente conhecidos, vender o jogador (ao Olympiakos?) e ter ficado com ele na segunda volta foi de mestre: entrou o dinheiro ainda antes da SAD e a equipa não ficou fragilizada.

4. Relativamente às arbitragens, hoje tenho uma ideia diferente da que muitas vezes aqui exprimi: criticar publicamente os árbitros só mesmo em último caso, porque acredito que eles tendem a castigar (por solidariedade/corporativismo) os clubes que os atacam, sobretudo quando são ataques fortes e clubes mais pequenos. Alexandrina Cruz foi à sala de imprensa na 11ª jornada (em Barcelos) e não voltou a fazê-lo. Penso que foi inteligente: em toda a segunda volta, que me recorde, só tivemos dois jogos com arbitragens negativas (Chaves e Arouca). Em contrapartida, frente ao Sporting e frente a Braga a arbitragem decidiu a nosso favor lances bastante polémicos.

5. No auge das dificuldades, a Direção teve mais um contratempo: a estranha entrevista do diretor desportivo, que, como é evidente, ditou a sua saída. Imaginando que o diretor desportivo tem um trabalho para fazer, e como não foi substituído, foi mais trabalho que sobrou para quem ficou.

Em resumo: a Direção e Alexandrina Cruz podem e devem, justamente, reivindicar uma parte do sucesso alcançado esta época (algumas deslocações em massa de adeptos, sobretudo ao Bessa, não se podiam ter feito sem o apoio da Direção).  



12.5.24

Ukra titular frente ao Benfica

Ukra já disse que se despede do Rio Ave e do futebol esta época.

Ukra merece uma despedida no nosso estádio.


Provavelmente Freire pensará em fazer entrar Ukra na segunda parte, mas eu tenho uma proposta alternativa: Ukra deverá ser titular e a justa despedida dos adeptos será feita no momento em que for substituído.

Ukra merece.

(se proporia isto em caso do jogo ter interesse competitivo? Não. Mas não tem, nem para nós nem para o Benfica) 

(também tenho admiração por Vítor Gomes, mas o jogador não disse se esta será a sua última época no Rio Ave; espero que não)


11.5.24

(2-2 em Portimão) Justo

A primeira (e única) vitória fora de Vila do Conde esteve muito perto, mas é justo reconhecer que o empate se aceita. 

Ainda assim, o Portimonense só conseguiu o empate com duas falhas defensivas do nosso lado (no primeiro, os centrais e Jonathan, e no segundo, Costinha).

O Rio Ave (sem Aziz e com Amine e Vítor Gomes de regresso ao onze) fez o seu jogo habitual, perante um adversário que precisava desesperadamente de ganhar, mas a quem falta qualidade individual.

Mesmo com os objetivos conseguidos, o Rio Ave não foi fazer turismo a Portimão e só não traz os 3 pontos por três minutos...

(curiosidade: quando Vítor Gomes se lesiona, aos 56 minutos, é Nóbrega quem vai para o lugar; Adrien só entrou aos 82 minutos)

(foto Zerozero)

 


9.5.24

A Figura

Pensei esperar pelo final da época para fazer este post.

Contudo, com o principal objectivo garantido, não me parece que haja essa necessidade.

Mesmo que alguém marque 6 golos nos 2 jogos que faltam, a verdade é que o fará num contexto de descompressão e não num ambiente de pressão para ganhar pontos e para fugir da descida de divisão.

Não sendo eu fã do treinador, a figura é Luís Freire. Uma equipa que bate o recorde de empates na primeira liga, que tem a melhor defesa da 2ª volta num campeonato em que se diz que há equipas que têm guarda-redes de 45milhões e centrais de 80 e uma equipa que fica 10 jogos sem perder (para já), tem de ter dedo do treinador.

Podemos discutir se o empate acontece por jogar para não perder ou se acontece por arriscar tudo para ganhar. Tenho a minha opinião e serei mais exploratório quanto a isso nos próximos dias, contudo, factos são incontestáveis e estes são os números.

Creio que o principal factor é a capacidade que tem de unir o grupo. Com ou sem ajuda de capitães, com ou sem ajuda de staff ou direcção, conseguiu-o. Já o tinha feito quando passamos por um mau momento no final da primeira volta da época da subida e o ano passado também. Portanto, gostando ou não do tipo de jogo, criticando por vezes determinadas declarações, pelos vários momentos maus em que conseguiu resgatar a equipa, fazendo com que vão atrás das suas palavras, fazendo com que sigam as suas ideias e atingindo os objectivos é Freire a figura.

Aponto-lhe:

1) A falta de ambição em alguns jogos, talvez com o tal medo de perder;

2) A teimosia de, no início da época insistir, à imagem dos outros anos, em por vezes colocar um lateral no lugar do central esquerdo que corrigiu a tempo e com resultado à vista;

3) O facto de na primeira volta fazer substituições por fazer, só porque não tinha opções no banco e em certos momentos a perder, não arriscar com um dos 3 centrais na frente nos últimos minutos. Até ter reforços, Luis Freire substituiu centrais em quase todos os jogos; ou central por central, ou um lateral esquerdo a jogar a central por um central, ou um central para pôr um lateral esquerdo a jogar a central. A partir do momento que teve reforços deixou de substituir centrais e jogadores que punha a jogar a central. Isto leva-me a concluir que só o fazia porque não tinha mais nada para fazer, mesmo que não tivesse necessidade de o fazer. Quando deixou de o fazer a equipa tornou-se a melhor defesa do campeonato. Coincidência? Para mim não, embora haja outro factor que direi nos próximos dias.

4) A eliminação da Taça da Liga, mas principalmente a eliminação da Taça de Portugal no primeiro jogo, numa prova onde a pulso ganhamos tradição;

5) A insistência em Aderllan. Todos os centrais rodaram - quando falhavam eram substituídos por outros, como referi em cima, por vezes até de forma desnecessária. Jogaram à esquerda, à direita e apenas e só quando Aderllan esteve castigado, ao meio. Aderllan falhou como todos os outros, errou como todos os outros, mas fez todos os minutos à excepção de quando esteve castigado. Foi expulso contra o Benfica com o jogo em 1-1 e perdemos. No jogo seguinte em Chaves sem ele, não sofremos golos. Voltou a falhar por castigo o jogo contra o Sporting em que de facto sofremos 3 golos, mas para a média do Sporting não é nada fora do comum e empatamos o jogo; contra o Farense por exemplo, sofremos 4 com ele em campo. Aderllan fez um boa época, seguramente a melhor das últimas 4, mantém falhas principalmente na construção, mas no alívio, na dobra, no duelo, cresceu muito principalmente nesta segunda volta e como tal a questão nem é essa. A questão é: porque é que os outros centrais não tiveram oportunidade de mostrar o que valiam a jogar no meio por opção do treinador, visto que só o fizeram por necessidade.

6) Algumas pancas que não se entendem e estou a lembrar-me de uma nesse jogo contra o Sporting em que aos 85 minutos faz duas substituições quando podia ter feito 3. Andou a primeira volta toda a trocar centrais por centrais. Viu o Sporting a carregar pelo lado do Pantalon que tinha amarelo e deixou-o em campo, acabando por ser expulso, com Patrick William no banco quando os poderia ter trocado. Ou no jogo com o Farense em que tem o Amine e o Ventura mortos a ganhar 3-2 com duas substituições para fazer e acabamos por perder o jogo.

Freire, de todos, entre direcção, staff, jogadores e treinadores é a figura.

Tem contrato por mais uma época e apesar de eu não ser apreciador, pelos resultados justifica continuar. Contudo, se aparecer um Carvalhal desta vida não deve ser descartado. O facto de alguém fazer bem não quer dizer que não haja outro capaz de fazer melhor. Daniel Ramos fez 25 pontos numa volta e foi substituído por alguém que conseguiu melhor.

A mesma equipa três anos.

No último texto dei conta do papel pouco preponderante que os reforços de janeiro tiveram, constatando que foi, basicamente, com os que já cá estavam que o Rio Ave atingiu os objetivos.

O mais incrível é que, como se pode ver pela imagem abaixo, é basicamente a mesma equipa que subiu à primeira divisão (saíram Pedro Amaral, Gabrielzinho e Pedro Mendes, sendo que Guga ainda fez meia época). Até nos suplentes usados frente ao Chaves, o último jogo, a coincidência é enorme.

O que é que isto significa? Várias coisas:

- que dos jogadores que vieram entretanto (logo no arranque da época 22/23) apenas Patrick William, Josué, Nóbrega e Boateng se afirmaram;

- que na segunda divisão o Rio Ave jogava com dois centrais...

- que a equipa que subiu de divisão era realmente uma super-equipa (afinal, a 'mesma' equipa jogou dois anos na primeira divisão com objetivos alcançados);

- que, mantendo-se Freire como treinador, não são de esperar grandes mexidas no plantel - ou estarei enganado?



7.5.24

Feito!!!

 Manutenção garantida.

Antes de mais felicitar jogadores, treinadores, staff e direcção.

Portanto e para que não fiquem dúvidas: Parabéns a TODOS!

Podemos concordar mais ou menos com o caminho ou com a forma, podemos achar os objectivos adequados, exagerados ou parcos para os recursos, mas com o resultado a conclusão é factual: objectivo principal proposto cumprido.

Nem tudo foi correcto, nem tudo foi transparente ou claro e como tal há situações a criticar e a esclarecer, tanto a nível directivo como técnico, mas houve também muita coisa positiva porque senão o resultado final não seria este e como tal elogios a fazer. Tudo terá de ser analisado, mas não para já.

A hora é de festejar e de desfrutar e como tal neste post além das felicitações só falarei do jogo com o Vitória.

No jogo, fomos acima de tudo mais eficazes e merecemos ganhar.

Merecemos ganhar acima de tudo porque quando eles conseguiram equilibrar o jogo já deviam estar reduzidos a 9. O Liga3 devia ter visto 4 amarelos: é inacreditável como aguentou tanto tempo em campo a dar paulada.

Jhonatan ao seu nível. Defesas competentes a defender, mas os erros de sempre a construir, embora mais seguros que o habitual. Meio-campo eficiente – Graça fez esquecer Adrien e Teixiera (já ninguém se lembra do Guga). Alas cumpridores e o treinador venha com a teoria que vier…faz muita diferença um canhoto a abrir na esquerda – o jogo muda completamente para melhor. Joca (mais um grande golo) desde que recuperou é inegável que a equipa tem muito mais fantasia e definição. Ataque de sacrifício acima de tudo.

Nos próximos dias tentarei individualizar análises tanto a nível de momentos como de personagens, pelo que irão surgir elogios e críticas, tentando que nem uns nem outros sejam de forma gratuita.

Isto ainda não acabou. Em 2022-2023 fizemos 40 pontos. Só com duas vitórias ultrapassaremos esses pontos e esse deve ser o objectivo. Ganhar! Ganhar!

Algumas reflexões sobre a equipa

1. O Rio Ave não pôde fazer contratações no início da época e por isso teve de arrancar com os mesmos (saíram Samaris e Baeza e regressou Zé Manuel). Em muitos jogos, sobretudo quando as coisas estavam a corrrer mal, dei por mim a olhgar para o banco de suplentes e a constatar que Freire não tinha opções que fizessem a diferença.

2. Findo o castigo da UEFA e resolvidos os problemas financeiros, o Rio Ave atacou e trouxe 11 jogadores novos (Aziz foi um regresso). Todos pensámos, até pelo que o treinador foi dizendo, que esses reforços fariam a diferença.

3. Dos 16 golos marcados até agora na segunda volta, 6 foram de Aziz, 7 por jogadores que já cá estavam (Boateng e Joca, 3, Aderlan, 1) e 3 por reforços (Teixeira, Vroussai e Embaló). Ou seja, este critério poderia dizer-nos que  os reforços não foram determinantes, mas não é justo: os reforços vieram sobretudo para a defesa e meio campo.

4. Ainda assim, é forçoso reconhecer que por opção técnica ou limitações físicas, apenas Aziz foi um indiscutível e verdadeiro reforço (no sentido de fazer a diferença). Vroussai, Embaló ou mesmo Tanlongo ou Teixeira mostraram qualidade, mas não foram determinantes. Outros, como Adrien ou Hélder Sá, quase não se viram. Fui dos que manifestaram perplexidade, durante a segunda volta, com o facto de os reforços não jogarem (mais).

5. Acresce que Guga saiu em janeiro e nunca teve um substituto à altura [no Beijing Guoan tem sido indiscutível].

(foto: Zerozero)

Dito isto, a minha conclusão é esta: apesar de tudo, foi principalmente com os que cá estavam que Freire atingiu os objetivos. Acredito que não seja fácil gerir as expetativas de tantos jogadores que chegaram e que queriam jogar. Mérito para o treinador, portanto.


5.5.24

Assembleia Geral Extraordinária no dia 19. Para falar da SAD

 O Rio Ave divulgou ontem a convocatória para uma AGE a realizar de hoje a 15 dias no teatro Municipal.

Além da leitura e aprovação das das atas das últimas duas assembleias (incluindo a AGE de novembro - necessária ou não para viabilizar a escritura da SAD?), há apenas mais um ponto: discussão, deliberação e eleição de um associado para a administração da SAD. 

Deduz-se, portanto, que a SAD já terá sido criada e deduz-se que será nesta mesma AGE que a Presidente irá prestar as prometidas informações aos sócios sobre o que aconteceu nestes seis meses, nomeadamente quanto à forma como será a futura a relação entre Clube e investidor.

Na minha opinião, isso deveria estar explícito na convocatória da AGE, mas o que importa é que a informação seja prestada e que seja dada oportunidade aos sócios de exporem eventuais dúvidas, o que também não está explícito na mesma convocatória.



4.5.24

2-1 ao Guimarães e permanência na 1ª liga garantida

Com a vitória Rioavista frente ao Guimarães e a derrota do Portimonense em Alvalade está garantida a permanência da nossa equipa na primeira liga na próxima época (há sete pontos entre as duas equipas e seis para disputar).

É uma grande alegria, que felizmente vai durar muito a passar...

Relativamente ao nosso jogo, algumas notas para a qualidade defensiva, que tem sido a imagem de marca do Rio Ave, sobretudo na segunda volta, e a grande exibição de Jonathan. Gostei mais do nosso jogo em Guimarães, que perdemos, do que deste, mas isso só mostra como não há lógica no futebol. E como nem sempre as coisas correm mal.

A partir de agora podem fazer-se os balanços e preparar a próxima época.

O primeiro destaque é para Luís Freire: como adepto, critiquei-o diversas vezes, mas ele estava certo e muitos de nós errados. É justo dizer isso. Aguentou com tudo e manteve-se fiel aos seus princípios. Resultou. São três épocas positivas. Em próximos textos poderão aparecer dúvidas, mas hoje não. Hoje Freire é o principal destaque. Hoje Freire merece o meu aplauso.



2.5.24

SAD criada "nos próximos dias", promete Presidente ("O Rio Ave terá um futuro seguro e auspicioso”)

À margem das comemorações de mais um aniversário do Rio Ave Futebol Clube, a Presidente disse aos jornalistas que a criação da SAD estará concluídas nos próximos dias.

Na notícia de O Jogo pode ler-se ainda que «Cinco meses depois, garantindo que os prazos têm sido cumpridos, Alexandrina Cruz revelou que foi feita “uma ‘due diligence’ a todas as contas do Rio Ave e a toda a situação do clube.” “Está a correr bem, dentro das expectativas. Nos próximos dias vamos, com certeza, fechar e dar uma palavra aos sócios, de encontro a tudo o que foi apresentado e combinado na Assembleia de 19 de novembro. O Rio Ave terá um futuro seguro e auspicioso”, disse a dirigente, lembrando que “numa época com tantas dificuldades, com a situação de não podermos inscrever jogadores e as dificuldades financeiras, só com uma união grande foi possível chegar até aqui”.

Após alguns meses de silêncio, aplaudo estas informações, a começar pela disponibilidade "para dar uma palavra aos sócios" 



27.4.24

(1-1 em Vizela) O que este jogo nos mostrou

1. Que o tempo passa mas as exibições não melhoram;

2. Que as primeiras partes continuam a ser muito fracas (na segunda tivemos pelo menos oportunidades para marcar mas o Vizela também];

3. Que as movimentações feitas em janeiro (contratações e dispensas) foram deficientes [não havia um ponta de lança no banco, nem sequer alguém dos sub23!; porque saiu Ruiz?];

4. Que o Rio Ave é mais perigoso com Embaló em campo e tem menos qualidade sem Vroussai;

5. Que ou a equipa mostra outra cara nos últimos três jogos, ou precisamos de ajuda divina!


 

 


20.4.24

A culpa: dos outros e a própria

O Rio Ave empatou 1-1 com o Arouca. Claro que ao ver 3 bolas na baliza nas quais foram assinalados foras-de-jogo é natural que isso cause alguma frustração e até desilusão. Aliás, mal acaba o jogo a minha sensação foi essa: merecíamos ganhar. Contudo, a verdade é que nesses lances não há dúvidas: é fora-de-jogo. Podia ser um acaso, mas não é. O Arouca é a 4ª equipa na Europa com mais fora-de-jogo provocados e quando o adversário tem mérito há que reconhecê-lo e aquilo é provavelmente fruto de muito trabalho na organização e subida da linha defensiva no tempo e espaço certos.

Além disso o Arouca fez 4 remates para cada 1 do Rio Ave (19-5) e teve mais bola. É certo que tivemos uma bola ao poste, mas eles também tiveram 3 bolas na cara do guarda-redes e nós uma que nem remate deu (Fábio Ronaldo finta o guarda-redes e deixa-se desarmar pelo defesa - corte limpo).

Depois podemos ir aos erros. É certo que na jogada do golo do Arouca há falta sobre o Aziz e devia ter sido marcada. Não é lance de video árbitro porque recuperamos a bola e deixa de ser o mesmo lance, mas o árbitro que estava em cima errou.O erro é grave? Não me parece. É um erro normal numa falta a meio-campo (outra coisa é a quantidade de erros e aí percebeu-se que o árbitro é fraco, muito fraco, mas neste lance em concreto não é um erro grave). Muito mais grave é o erro do Tanlongo: depois de conquistar a bola quer sair a jogar rodeado de jogadores do Arouca? Quando tinha linha de passe ou em último caso despachava a bola para onde fosse pois teve tempo para isso... O pior é que este jogador perdeu 3 bolas na primeira parte em zona de perigo (2 passes mal feitos e um desarme sofrido) e a reacção do treinador foi bater palmas. Ora bem, se lhe batem palmas e volta para a segunda parte... toca a fazer igual.

Mais tarde, e aí sim, onde o Rio Ave FC se pode queixar do árbitro é no lance sobre o Fábio Ronaldo aos 63m41s em que este é empurrado no ombro e que resvala para a cara, pois o árbitro tinha marcado este tipo de faltas e passado uns minutos, Patrick William tem uma falta semelhante onde até o jogador do Arouca vai para cima do bandeirinha e a falta é assinalada. É penalty e ficou por marcar.

Erros próprios e erros de arbitragem que, apesar de não termos sido a melhor equipa, podem ter-nos tirado 2 pontos, que nos dariam outra tranquilidade para ir a Vizela num jogo em que podemos "matar" de vez um oponente que tem a mesma luta que nós.

Uma palavra para o Patrick William que joga pouco e que ontem foi o melhor em campo. Não perdeu bolas estúpidas como o fizeram Tanlongo e os seus parceiros da defesa, limpou o que tinha a limpar e daquele lado o Arouca não apareceu e ainda apoiou o grego dando solução na linha ofensiva à esquerda.

Se não houvesse um dos 3 lugares da defesa com lugar cativo, seria interessante perceber o que Nóbrega, Josué ou Patrick poderiam fazer nesse lugar do meio. E sim, estou a falar de Aderllan, que de facto a limpar e a ficar na sobra da luta dos colegas com os avançados tem estado bem e melhor que noutros tempos, mas continua a perder bolas que não pode e ontem foi só mais uma. Erros que já nos custaram uma descida e erros que já este ano nos custaram pontos. E mais ninguém tem oportunidade de mostrar o que vale naquele lugar do centro... é estranho.

Desde que Joca voltou e que Teixeira joga ao meio, apesar de não estarmos a jogar por aí além, as coisas melhoraram: a classe é outra.

Fábio Ronaldo apesar de pouco em jogo, no 1 para 1 é o que mais desequilibra. Não tendo o fulgor de outras fases, parecendo até perdido em campo por vezes e achei por vezes estranho a forma como deixava de correr aos lances, o certo é que, com verdade desportiva, teria sofrido o penalty que nos teria dado a vitória e seria disso que hoje estaríamos a falar.

19.4.24

Uma primeira parte fraca e a pior arbitragem da época

 1. Não compreendo a insistência de Freire em  F. Ronaldo (claramente desinspirado há vários jogos) e em Tanlongo (Adrien não pode ser titular? Graça faz melhor!)

2. Primeira parte bastante fraca, como já é característica da nossa equipa. Rio Ave marcou na única oportunidade, Arouca com sinal mais.

3. Na segunda parte o Rio Ave sofre o empate (mais uma perda de bola de Tanlongo) mas mostra raça e querer.

4. No relvado revela-se a pior arbitragem desta época (sim, há falta sobre Aziz antes do golo do empate e no estádio fiquei com a ideia de que há grande penalidade sobre Fábio Ronaldo).

 (foi este incompetente que apitou o jogo, Bruno Vieira)

5. O Arouca foi uma equipa mais completa e com mais remates ao longo dos 90 minutos mas o Rio Ave, pelo que fez nos primeiros 30 minutos da segunda parte, podia ter vencido.

6. Empate aceita-se.

7. Mais uma grande exibição de Aderlan

17.4.24

Os reforços e a qualidade de jogo (Embaló a titular, por favor!)

Penso que todos ou quase todos os Rioavistas concordam que, ao contrário do que se esperava e era lógico que acontecesse, as exibições do Rio Ave não melhoraram significativamente com a chegada dos 11 reforços. 

Porque estes não têm qualidade ou porque não têm tido oportunidade?

Eu vou mais pela segunda opção.

Claro que os onze não têm todos o mesmo valor, mas era evidente, há muito!, que Vroussai tinha muita qualidade e que teria de ser titular indiscutível.

Adrien é outro caso, para o qual nos falta informação.

Mas quero centrar-me em Embaló: grande jogo frente ao Sporting mas... desapareceu. Tem estado no banco, quando precisava de jogar mais para ganhar confiança. Na Amadora, com Fábio Ronaldo muito abaixo do que pode e sabe, nem sequer entrou.

Faltam cinco jogos e todos queremos (que aconteça) o melhor. Mas é mais provável ganharmos se jogarem os melhores.


14.4.24

(2-2 na Amadora) Aderllan foi um gigante

Após a vitória frente ao Gil Vicente, senti que o Rio Ave estava num crescendo e que esse jogo seria a viragem, com exibições mais consistentes e com mais qualidade, fruto das alterações feitas em janeiro e em que - de uma forma geral - os reforços tardam em se afirmar. 

Afinal não foi isso que aconteceu. 

O Rio Ave até marcou primeiro e teve mais um ou dois lances de muito perigo (Teixeira) mas deu toda a iniciativa ao adversário, Quando assim é, o golo do adversário também é mais provável e o Amadora ficou a ganhar 2-1 perto do final.

Valeu um lance de insistência de Aziz e a inspiração de Vroussai, o melhor elemento do Rio Ave nesta altura, para o empate, num jogo em que Aderlan foi um monstro (marcou e ainda 'limpou' vários lances de perigo do adversário, embora - não há jogos perfeitos! - tivesse sido batido no 2-1)..

Em resumo: o Amadora procurou mais o golo (teve 18 remates contra 6 do Rio Ave) e, a haver um vencedor, seriam eles. O empate ajusta-se, mas é preciso reconhecer que o jogo nos correu bem.

PS - o que se passa com Embaló? Estava a ser o melhor reforço, e um dos melhores da equipa, até sair do onze e hoje nem utilizado foi!

6.4.24

(3-0 ao Gil Vicente) Que alegria


 Vitória clara e sem espinhas.

Freire surprendeu com o onze e ganhou a aposta. Joca confirmou que está num excelente momento e foi o homem do jogo.

Foi a vitória da determinação, do querer, mas também da qualidade. O Rio Ave quis mais a vitória e mostrou mais e melhores argumentos.

Que esta vitória seja a inspiração para o resto do campeonato e garantir a permanência o mais depressa possível.


4.4.24

O Rio Ave chamou-me (para substituir Freire...)

Recebi um sms da Direção a convocar-me para o jogo de sábado.

Como, infelizmente, as minhas costas não me permitem dar o contributo à equipa, penso que só pode ser para substituir Freire, que vai estar na bancada, castigado.

Devo dizer-vos que ainda não decidi o onze.

Gostava de repetir a equipa titular que empatou contra o Sporting, mas não há Amine nem Nóbrega, pelo que os planos estão estragados. A opção é entrar Adrien para o lugar de Amine e Patrick William ou Pantalon fazerem o lugar no eixo da defesa. 

Se a decisão vier a essa, a equipa será Jonathan, Costinha, Josué, Aderlan, Patrick e Vroussai; Adrien e João Graça; Embaló, Aziz e Fábio Ronaldo.

No entanto, por causa das lesões e de Fábio Ronaldo não estar no melhor momento, talvez opte por três médios (nesse caso entra Joca).

Só vou decidir em cima da hora.

Sábado lá estaremos! 



31.3.24

(0-0 no Boavista) Freire corrigiu Freire e o Rio Ave melhorou

O Rio Ave apresentou-se no Bessa com três avançados (Aziz, Boateng e Fábio Ronaldo) mas isso não significou um maior caudal atacante nem mais oportunidade de golo. A equipa apresentou-se mais uma vez sonolenta e, do meu ponto de vista, para isso contribuiu João Teixeira (lento a executar). Não jogou mal, mas ainda aguardo para ver a 'magia' que Teixeira 'prometeu' à equipa [Nota: foi considerado o 'homem do jogo', opinião que respeito, mas de que discordo]. Mas não foi só ele a revelar-se desinspirado. Todos do ataque, Embaló e até Costinha estavam abaixo do normal. Amine, mais uma vez, com grande dinamismo, até sair prematuramente aos 30 minutos. Os centrais, bem.

Apenas com uma oportunidade em 45 minutos, Freire mexeu. E bem. Abdicou de um avançado (Ronaldo) e entrou Joca, que rapidamente agitou o jogo. Em simultâneo, fez subir Embaló e o Rio Ave começou a criar perigo. O Boavista estava a ser dominado quando Boateng foi expulso. Mesmo com 10 ainda conseguiu apertar o Boavista mas no quarto de hora final as duas equipas pareciam mais interessadas em garantir um ponto.

O Rio Ave foi melhor, pelo que fez nos primeiros 30 minutos da segunda parte, mas o empate aceita-se. Um ponto fora é sempre positivo, mas o Rio Ave não ganha há muitos jogos e por isso não consegue sair da zona de aflição.

A iniciativa da Direção de levar centenas ao Boavista resultou em cheio. Os adeptos Rioavistas calaram o Bessa. Foi pena a trapalhada da Polícia no regresso, a que Direção é alheia, que obrigou os autocarros a irem quase até Santo Ovídio (Gaia) para apanharem a A28!


19.3.24

4 meses depois da Assembleia Geral Extraordinária sabemos o mesmo

Hoje passam 4 meses desde a realização da Assembleia Geral Extraordinária e sabemos hoje o que sabíamos a 20 de novembro. 

Todos se lembram da urgência com que o processo foi discutido e aprovado. Foi-nos dito que tinha de ser assim, para haver negócio. Mas (é a minha opinião) quatro meses não é compatível com essa urgência nem, muito menos, com a falta de informação aos sócios. 

Há quase dois meses escrevi aqui que acreditava que saberíamos novidades dentro em breve, porque em quatro meses fazem-se grandes negócios em qualquer parte do mundo, mas enganei-me.

Se há algum problema, temos obrigação de saber. Se está tudo bem, temos o direito de saber. Assim, não.

Espero sinceramente que a concretização do negócio não tenha a ver com a prestação desportiva, porque isso poderia ser sinónimo de instabilidade e de desinteresse, depois de tudo o que nos foi prometido.


 

17.3.24

(1-1 em Faro) Apenas algumas perguntas

 Visto o jogo e lidas as declarações de Luís Freire no final, aqui ficam algumas perguntas:

- O Rio Ave está melhor hoje do que, tomando como comparação, os últimos cinco jogos antes dos reforços entrarem na equipa?

- A segunda volta tem nove jogos (sete empates, uma vitória e uma derrota). A equipa joga para o empate ou teve (sete vezes) azar?

- Quantos dos reforços se afirmaram até agora como indiscutíveis?

- No final da primeira volta, o Rio Ave era 16º, agora é 15º. Como se explica?

- Frente ao Sporting, o Rio Ave fez um excelente jogo, mas o onze (Amine e Graça no meio campo; Vroussai na esquerda) nunca mais voltou a ser repetido. Porquê?

- Antes do jogo, Freire disse "A nível exibicional, temos crescido, há mais consistência no nosso jogo, tanto a nível ofensivo como defensivo”. É verdade?

Cada um que faça a sua própria análise.



9.3.24

(0-0 frente ao Braga - justo mas Rio Ave foi melhor) Foi dia de jogo 'grande'

O Rio Ave não desiludiu frente a mais um 'grande': mais uma vez jogou 'olhos nos olhos', nunca se deixou dominar e acabou o jogo em cima do adversário, que parecia satisfeito com o empate. O resultado é justo mas acho que fomos globalmente melhores.

Freire mexeu: em vez de três avançados, houve dois (Aziz e F Ronaldo), com Embaló na ala esquerda e Joca no meio campo (à frente de Adrien e Amine). Aceita-se.

Não houve, dos dois lados, grandes oportunidades e, sim, muita luta a meio campo. 

Melhor em campo, para mim: Costinha.

Sábado em Faro há a primeira de 9 finais.


PS  - que classe ver Adrien jogar, embora lhe falte ser mais decisivo no último terço!