27.6.17

A formação do Rio Ave numa encruzilhada

A saída de Manuel Namora coloca várias questões que - penso - merecem reflexão:
- quanto mais sucesso tivermos na formação, mais expostos ficamos a situações como esta (e tão cedo não haverá equipas B, já que a FPF tem estado a fechar a porta);
- o sucesso na formação custa dinheiro, implica investimento. De que não estamos a tirar partido (1,5 milhões em oito anos, para formar um jogador, Hassan).
- Manuel Namora viu o que aconteceu na época passada a Jaime, Vitó e Tiago André; ficar na primeira equipa é um convite a ganhar calo na bancada (por isso optou por uma equipa B, onde vai jogar, evoluir e dar o salto);
- Manuel Namora está a ver o que acontece com Tiago André esta época...

Por tudo isto, parece-me que a formação do Rio Ave está numa encruzilhada. Está a ser vítima do seu próprio sucesso e da incapacidade de aproveitar os talentos (enquanto não houver equipa B); os próximos pensarão duas vezes antes de aceitar continuar...

PS - a culpa é dos treinadores (Pedro Martins, Capucho, Luís Castro, para referir os mais recentes) mas também da Direção que aceita contratar jogadores que - sabe-se à partida - vão tapar os talentos que aqui estão. O papel da Direção é impor regras a quem chega. O que estou a ver com Miguel Cardoso não é diferente, Espero estar enganado.