23.5.17

8ª Tertúlia - As ideias fortes

Roderick
- muito lisonjeado pela chamada à selecção. Esta foi a melhor época da sua carreira;
- vão sair todos os dias notícias sobre a sua transferência, mas está focado no Rio Ave como tem mais um ano de contrato quer que o próximo ano seja ainda melhor;
- a maior maturidade e estabilidade na sua vida ajudou-o a esta época muito bem conseguida;
- o Rio Ave evoluiu muito a todos os níveis nos 4 anos do atleta em Vila do Conde: há reconhecimento pela qualidade da equipa e o clube criou estrutura para elevar o clube;
- no balneário há união e competitividade e quem chega sente que chega a um clube com ambições europeias;
- pelo estatuto que sei que já tenho, tento passar uma mensagem de responsabilidade e empenho pelo clube;
- a mudança de treinador foi um momento delicado, parte do grupo de trabalho pode sentir que tem responsabilidades no que aconteceu;
- com Luis Castro foi fácil assimilar as ideias que trouxe para o clube;
(foto: Rio Ave FC)

António Silva Campos
- gostava que Roderick renovasse mas tem consciência que o jogador tem ambições para outro tipo de clubes;
- época foi bastante positiva; queríamos ficar entre os 8 primeiros com olho no sexto; morremos na praia.
- cada vez mais o Rio Ave é uma equipa candidata à Europa;
- o 7º lugar é amargo, porque praticámos bom futebol e merecíamos ficar em 6º.

Sobre o futsal:
- tínhamos como objectivo ir ao playoff;
- somos muito rigorosos no cumprimento do orçamento; com o orçamento não podemos constituir uma equipa muito forte; mas aposta-se ainda assim em qualidade; o presidente quer manter o futsal no clube e na 1ª divisão;

Sobre a equipa B:
- fazer uma equipa B para começar nos distritais era um retrocesso na nossa formação; queremos que os jogadores estejam em equipas competitivas;
- a alteração dos quadros competitivos que não aconteceu impediu a criação da equipa B;
- estamos preparados para ter a equipa B através de um protocolo com outra equipa, mas ainda não quer adiantar muito sobre o assunto;
- vai procurar manter e prolonga a ligação de alguns jovens das camadas jovens ao Rio Ave;
- o presidente quer a equipa B num quadro competitivo de exigência;

Sobre o treinador do Rio Ave da próxima época:
- não se faz equipa sem treinador e esse treinador é... há conversas com Luis Castro para a continuidade do mesmo.
- o Rio Ave está satisfeito com Luis Castro e quer chegar a bom porto nas conversas com o treinador;

Sobre o negócio da transferência do Ederson e outros negócios:
- sabemos pela comunicação social que há interesse de vários clubes, mas neste momento não há proposta nenhuma para o Rio Ave;
- aguarda que o Benfica comunique alguma coisa sobre a venda do Ederson;
- o Rio Ave tem 50% dos direitos económicos do jogador, divididos em 30% para o Rio Ave e 20% da Gestifute;
- há muita cobiça por alguns atletas do Rio Ave, mas não estamos a saldos;
- sabemos que temos de vencer um ou dois activos, conta a vontade do clube; a venda de activos é o negócio do futebol: esses negócios garantem equipas de qualidade;
- o presidente não gostaria de ter jogadores emprestados a jogar no Rio Ave, mas há jogadores de qualidade que só assim podem representar o clube pelo custo elevado dos seus passes;
- o fim da possibilidade de empresários comprarem passes e coloca-los no Rio Ave traz dificuldades para a ter no plantel alguns jogadores de qualidade;

Sobre a troca de treinador:
- em 9 épocas, os contractos com os treinadores foram cumpridos, Capucho foi o primeiro a sair;
- a saída de Capucho foi no momento certo, entendemos que não havia condições para ele continuar;

- estar em finais de Taças e competições europeias nos últimos anos trouxe mais responsabilidades; mas temos sócios que estão com a equipa e que até nas derrotas estão connosco; nem sempre vai ser possível repetir o que já foi feito, mas o Rio Ave está cá para a luta apesar das exigências e de uma competição mais forte;

Sobre a constituição da SAD:
- estamos a criar um cadernos de encargos para não se cometerem erros que já aconteceram com outras SAD;
- quer defender o Rio Ave e os direitos dos seus sócios:
- o Rio Ave no modelo de SDUQ que tem, não pode ter investidores como outros clubes: o clube precisa de melhorar infraestruturas, tem de melhorar as suas condições e precisa de procurar um parceiro para que isso possa ser feito;
- na parte desportiva nem sempre é possível manter os atletas que se vão formando no clube; o clube para criar activos não pode deixar jogadores aos 14 ou 15 anos; é fundamental melhorar as condições para os jovens atletas;
- os agentes de jogadores não podendo ter passes de atletas, vão passar a investir directamente em clubes, como já tem sido feito noutros clubes;
- o Rio Ave tem uma proposta credível para se transformar em SAD; quando estiverem reunidas condições, em Assembleia Geral será dado a conhecer quem será o investidor escolhido para a criação da SAD;
- não podemos andar a adiar esta questão da SAD durante muito tempo;
-o potencial investidor que já apareceu, não tem neste momento ligação à construção do plantel para a próxima época;
- precisamos de contratar 4 ou 5 jogadores, sobretudo para meio-campo, frente e alas;


Luis Castro
- "desde a minha chegada foi assumido no balneário que queríamos o 6º lugar; fora do balneário dissemos sempre que queríamos ficar nos 8 primeiros; foi no sentido de proteger os jogadores que houve a diferença de discursos; foi para trabalhar em paz";
- não foi perturbador lidar com as notícias da ida para Chaves; a equipa não se retraiu com as notícias; não desmenti a notícia para não perder o foco sobre o seu trabalho e por uma questão de coerência com o que pedia aos jogadores; no balneário só se falava de Rio Ave;
- tínhamos como objectivo não perder jogos em casa;

Sobre o aproveitamento dos jovens da formação:
- as selecções nacionais portuguesas cada vez mais têm jovens que passaram por equipas B;
- o espaço de competição das equipas B ajuda a preparar muito melhor os jogadores;
- é possível apostar em jovens, mas precisam de estar mais maduros para competirem na equipa principal;
- o treinador é um seleccionador de jogadores do seu plantel para jogar ao domingo, não pode cometer injustiças;
- dar sinais que se dá importância à formação, é criar patamares para os jogadores crescerem, não é lança-los sem que os atletas estejam preparados;
- não devemos moldar os factos para servirem a nossa opinião; a nossa opinião deve ser alterada de acordo com os factos, sejam eles quais forem;
- sem equipa B lançavam-se talentos, mas esse período que viu aparecerem talentos como Fábio Coentrão, correspondeu ao período de "sobe e desce" do Rio Ave, destacou o treinador;

Sobre renovação do contrato:
- falamos ao almoço de hoje de muita coisa ligada ao clube, do que é importante para todos;
- vai pensar sobre o que foi falado e amanhã as conversas continuam;
- não assinou por clube nenhum; tem outras possibilidades, não o esconde, mas ainda continua com o futuro em aberto;

- os clubes dependem muito daquilo que fizerem muito no período de montagem dos planteis; a saída dos emprestados vai dar mais trabalho neste período ao nosso presidente;
- a saída de muitos jogadores é preocupante;

- encontrou um plantel honesto e que sabe assumir responsabilidades;
- foram atletas sempre muito cumpridores no desempenho do seu trabalho; o Rio Ave tem também capitães muito activos no balneário e os jogadores têm grande respeito por eles; a hierarquia está muito bem adquirida por todo o plantel;

- é muito difícil para o treinador falar do timing da sua chegada e do que poderia ter acontecido se tivesse começado a época no clube;
- no período de Luis Castro, o Rio Ave seria 5º no campeonato no que toca a pontos somados;
- Capucho poderia atingir o mesmo marco ou mesmo melhor, o treinador considera que foi uma questão de maturação dentro do clube;

- as 4 vitórias seguidas aquando da sua chegada foram fundamentais, porque sabia que haveria desconfiança sobre si e as vitórias desanuviaram pressão sobre a equipa, porque críticas ao treinador causam pressão sobre os atletas; trouxeram uma "bolsa de conforto" fundamental;

- o treinador concorda em princípio com os sectores do plantel que o presidente apontou;


Renato Pontes
- a nossa época (futsal) foi atípica; foi um início mau, mas recuperámos com equipas que lutavam pelos mesmos objectivos;
- foi ingrato "morrer na praia", em igualdade pontual com o 8º ;
- a idade trouxe alguns problemas físicos e foi talvez a pior época em termos pessoais; mas tentou ser importante noutras tarefas que não dentro do campo;
- vai jogar pelo menos mais um ano e depois verá ano a ano como será o seu futuro na modalidade;
- sentiram que não era pelo treinador que as coisas não estavam a correr bem; era preciso uma mudança de atitude;
- sobre o orçamento: o Rio Ave é transparente e Renato diz que tem colegas que lhe confessam que há clubes que pagam bem mais do que na realidade dizem que pagam;

François:
- "para mim sucesso significa colocar atletas juniores no plantel senior";
- sente o seu trabalho tolhido porque falta uma equipa B, apesar dos esforços que o presidente tem feito para a criar;
- temos um processo de formação já montado e temos vindo a criar excelentes atletas; falta o passo de ter mais os atletas mais 2 ou 3 anos em formação com a criação da equipa B;

Manuel Namora:
- pessoalmente foi uma época muito bem conseguida; colectivamente também foi uma boa época, com uma equipa que não estava habituada a patamares tão elevados, mérito da equipa técnica;
- não se sentiu pesaroso por não ser chamado à selecção; conseguiu manter-se focado apenas no Rio Ave;
- no próximo ano espera dar continuidade ao seu trabalho no Rio Ave;
- questionado sobre a qualidade e futuro do jogador, o presidente do Rio Ave avança que pretende dar um contrato profissional a Manuel Namora;